Nossas derradeiras perguntas da entrevista salteada com o artista: e o mundo, como está e para onde vai? E o Brasil nessa?

A humanidade plantou a falta de respeito e destruição da Natureza, plantou a Guerra entre os povos, plantou a péssima e injusta distribuição das riquezas e agora colhe o retorno dos radicais, a potencialização dos extremos…

O Mito do Minotauro.

Quando deixamos um pequeno problema sem resolução, esquecido como uma erva daninha no jardim, ele vai crescer, mais e mais, vai ficar mais forte, mais e mais e no Labirinto da vida, vai lhe devorar.

Houve progressos no mundo, mas a meu ver, na balança das positividades e negatividades conquistadas, acho que estamos andando para trás. Acredito que não estamos encontrando a saída do Labirinto. Teseu não vai retornar.

O fio de Ariadne se partiu.

Estamos caminhando em círculos dentro do Labirinto, distantes da saída e cada vez mais próximo do Minotauro.

Será que existe um Teseu hoje em dia?

O Brasil, meu país de nacionalidade, é “Gigante pela própria natureza”, é Verdade, mas, sucessivas administrações políticas que sempre prometeram investir em saúde, educação, geração de novos empregos, socialização das riquezas, fracassaram em sua maioria.

São 15 milhões de desempregados, fome, mais de 600 mil perdas de vidas pela covid, famílias devastadas. “Se o penhor dessa igualdade conseguimos conquistar a braço forte”, é Mentira. Não conseguimos.

A desigualdade está maior que nunca.

2021. E o líder faz passeatas de motocicleta, as tais motociatas, ao invés de visitar os hospitais e, mesmo que simbolicamente, levar uma caixa de vacina e uma de máscaras…

Estamos cada vez mais distantes da saída do Labirinto. Não tem Teseu, nem o fio de Ariadne.

Idolatrar o Minotauro?

Eu, jamais.

Tempo Rei. Óleo sobre tela, 100cm x 100cm, de 1999. Teremos tempo?
Ele no retrato deste tempo. Aprenderemos a lição?

Imagem em destaque: O parto, óleo sobre tela, 50cm x 70cm, 1995. Renasceremos?

Imagens, todas: divulgação.

Edgard HomemAuthor posts

Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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