A 1ª exposição itinerante do Museu das Favelas (São Paulo) debuta, nacionalmente, nesta terça-feira, 14 de maio, às 19h, no Paço do Frevo – no abre, a entrada é franca.
Em mostra, o trabalho (esculturas, vídeos, telas, fotografia, ilustrações e pinturas) de 22 artistas de favelas do Recife (Vitória Vatroi, Nomes, Lua Barral, Cigana e Francisco Mesquita), Salvador (Mila Souza, Uiler Costa Santos, Fernando Queiroz, Zaca Oliveira e Elson Júnior), Rio de Janeiro (Jade Maria Zimbra, Abarte Junior, Gael Affonso, Wallace Lino e Deize Tigrona) e São Paulo (Robinho Santana, Janaína Vieira, Mayara Amaral, ABSURDO (Wadjla Tuany), Pétala, Mc Mano Feu e Luiza Fazio).
Assinam a curadoria: Aline Bispo (multiartista visual, ilustradora e curadora independente), Leonardo Moraes (pianista, pesquisador, educador e curador em formação), Rebecca França (historiadora, curadora e diretora de arte) e José Eduardo Ferreira Santos (pesquisador e curador do Acervo da Laje).
Favela em Fluxo ficará em cartaz na terrinha até 14 de julho – na sequência, aportará no Solar Ferrão (Salvador), no Museu da Maré (Rio de Janeiro) e, por fim, na própria sede do Museu das Favelas, lá no Palácio dos Campos Elíseos, São Paulo.
‘Quando entendemos a favela como nosso ponto de partida, ela torna-se nosso território de aquilombamento e sapiência. Esse território é guerreiro quando precisa ser um guerreiro; também é o recuo se a luta não é necessária. Isso fundamenta a continuidade de vida. Favela é espaço e tempo para construir infâncias comunitárias, coletivas, brincantes… É lugar de resgate dos nossos antecessores, mas também fomento das nossas descendências. Essa exposição trata dessas re(existências), dessas re(apropriações) e de muitas outras’, diz Rebecca França.
Ninguém pediu a minha opinião, mas eu a darei mesmo assim: não consigo perceber, captar, nenhuma energia sincera e, por isso mesmo, poderosa, que venha dos atuais ‘proprietários’ do Brasil. Obviamente, há exceções, mas o conjunto da obra é pífio, deprimente. Aposto as minhas fichas nos espíritos periféricos, nas mentes periféricas – que podem estar em qualquer lugar da pirâmide social, mas isso é outra história. Eu só sei que a periferia é a joia coroa.
Mais sobre
No dia da noite de abertura, haverá apresentação da cantora e poeta Bione e performance de Inaê Silva.
Visitação? De terça a sexta-feira, das 10h às 17h. Aos sábados e domingos, das 11h às 18h. Quanto custa? R$10,00 (a inteira) e R$5,00 (a meia-entrada). Os ingressos dão acesso a todo o Paço do Frevo. A entrada é franqueada nas terças-feiras. Pode adquirir diretamente na bilheteria, viu?
Arrematando
Esta é a primeira itinerância realizada entre os equipamentos geridos pelo IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão (que administra centros culturais públicos e programas ambientais). O IDG gere, agora, o Museu do Amanhã e o Museu do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro; Museu das Favelas, em São Paulo, e do Paço do Frevo, no Recife.
A exposição conta com o patrocínio master do Nubank, por meio da Lei de Incentivo Federal à Cultura – Lei Rouanet.
O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife.
A imagem em destaque é uma montagem nossa. Da esquerda para a direita: Vitoria Vatroi (foto:@gabisankofa), Francisco Mesquita (foto: @anamaveprodutora e @rafaelanoig) e ABSURDO, Wadjla Tuany (foto: divulgação).
Sem comentários