Figura fundamental do Cinema Novo, dirigiu A Noite do Espantalho (1974), criou a trilha sonora de Deus e o Diabo na Terra do Sol, Sérgio Ricardo (nome artístico de João Lutfi) é igualmente grandioso para a MPB: pertenceu a movimentos como a Bossa Nova e a chamada Canção de Protesto etc. e tal.
Isso mesmo, o supracitado é a milésima parte do que fez o músico, compositor, cineasta, cantor e ator paulista nascido a 18 de junho de 1932, em Marília, e que voltou para casa no dia 23 de julho de 2020, na cidade do Rio de Janeiro, onde foi morar aos 20 anos.
Fosse eu você, iria ao show. No palco, Marina Lutfi (voz) e João Gurgel (voz e violão), filhos de Sérgio Ricardo. Sergio Ricardo, Memória Viva começará às 20h.
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Os rebentos passearão pelas 7 décadas de produção musical do pai.
Ouviremos Poema Azul, Folha de Papel e a icônica Zelão, que marca a guinada de Sérgio da Bossa Nova para a trupe do Cinema Novo.
O passeio seguirá pelas trilhas de Deus e o Diabo na Terra do Sol, Glauber Rocha, e de Esse Mundo é Meu, Juliana do Amor Perdido e A Noite do Espantalho – filmes dele, autorais.
As cantigas marcadas pelo período da repressão como Arrebentação e Calabouço também estarão presentes e por aí vai…
‘Contar a história do pai e fazer com que mais pessoas conheçam suas músicas é um orgulho e um prazer pra nós. Somos admiradores e pesquisadores desse baú, seguimos aprendendo com os ensinamentos que ele nos passou e com as descobertas que temos feito à medida que vamos nos aprofundando em sua obra. A importância de Sérgio Ricardo para a cultura brasileira é imensa, ele trilhou um caminho próprio, com uma identidade musical muito forte’, diz Marina Lutfi.
‘Interpretar essas músicas sofisticadas e brasileiríssimas do pai é uma experiência mágica e tem muito carinho envolvido. Sinto a presença dele quando estamos no palco, cantando e contando um pouco do seu legado, tão imponente. Sérgio Ricardo é um personagem brilhante da nossa cultura e João Lutfi, um pai maravilhoso, um ser humano inspirador e uma referência de expressão e opinião. É muito gratificante ser fruto desse berço’, diz João Gurgel.
Para que fique tudo bem explicado, eu digo:
a performance da dupla encerra a mostra Sérgio Ricardo Memória Viva. Foram exibidos lá na Casa Estação da Luz, apelidada de Casa de Alceu Valença, de 24 a 26 de outubro, 3 longas e 3 curtas em que Sérgio esteve/está envolvido de alguma forma.
Quanto?
R$50,00 a inteira e R$25,00 a meia-entrada. Na bilheteria ou pelo Sympla:
A Casa Estação da Luz fica na Rua Prudente de Morais, 313, Carmo (Sítio Histórico de Olinda).
Foto em destaque de João Gurgel e Marina Lufti: Stefano Moloni.
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