A abertura da exposição será hoje, domingo, 4 de maio, às 16h.
Em 9 vídeos, que combinam depoimentos e performances, além de painéis com textos e ilustrações, Lá Vêm Elas lança luz ao trabalho das artistas Amanda Lyra (São Paulo), Ana do Vale (Paraíba), Carolina Teixeira (Rio Grande do Norte), Daisy Souza (Bahia), Kilma Coutinho (Pernambuco), Moira Braga (Rio de Janeiro), Mona Rikumbi (São Paulo) e Rayssa Tiger (Pará).
Mulheres de linguagens artísticas diversas, que usam sua arte para romper tabus, desafiar padrões e reivindicar visibilidade, acessibilidade e inclusão.
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Idealizado pelos estúdios Festum e Folguedo, do Rio de Janeiro, responsáveis por projetos como Cidade Acessível e Cidade Mulher – entre outros, Lá Vêm Elas integra o Circuito Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça 2023.
Com ampla acessibilidade – incluindo audiodescrição, Libras, legendas, braille e equipe de mediação capacitada, a mostra reforça o compromisso com a inclusão e está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A curadoria é assinada pela Folguedo e por Lucília Machado – jornalista, mestra em Diversidade e Inclusão, pessoa com deficiência, ativista e presidenta da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Universidade Federal Fluminense (UFF Acessível) e, também, coordenadora da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência.
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O título da mostra nasceu da vivência de Lucília Machado em sua atuação pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência. ‘Às vezes, em reuniões, quando eu ia pleitear algo ou defender um ponto de vista, ouvia das pessoas ‘Lá vem ela…’, como quem antecipa uma nova demanda. Essa expressão transformou-se em símbolo de resistência e afirmação: mulheres com deficiência que, com garra e persistência, seguem criando arte e reivindicando seus direitos’, diz.
A curadoria investiu na diversidade e na interseccionalidade na escolha das artistas participantes.

Anticapacitismo
‘A exposição Lá Vêm Elas é sobre a arte como ferramenta de empoderamento e expressão de mulheres com deficiência, que revelam, por meio de suas obras, as múltiplas dimensões da exclusão social enfrentada no cotidiano sob uma perspectiva artística transgressora e anticapacitista’, diz Claudia Alencar, da equipe curatorial.
Os vídeos serão exibidos em telas distintas, distribuídas na área expositiva. Em cada tela, um mundo se apresenta com uma diversidade de linguagens artísticas, que englobam: artes visuais, dança, poesia, slam, música, artes plásticas, performance, animação, teatro, contação de histórias e audiodescrição como dispositivo cênico.
Sessões de cinema
Numa parceria com o Cinema do Museu, a programação de Lá Vêm Elas inclui sessões especiais, uma vez por semana, de filmes realizados por, com e sobre mulheres com deficiências, durante todo o período do evento – que seguirá em cartaz até o dia 1º de junho de 2025.

Considerações finais
A entrada é gratuita.
A visitação vai de terça-feira a sexta-feira, das 8h30 às 17h, e nos fins de semana e feriados, das 13h às 17h.
Lá Vêm Elas ocupa a Galeria Waldemar Valente, no térreo do Museu do Homem do Nordeste – Fundaj (Avenida 17 de agosto, nº 2187, Casa Forte, Recife).
Foto de Mona Rikumbi: divulgação.
Foto de Carolina Texeira: divulgação.
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