É o eva, restaurante instalado num belo, amplo e bem cuidado jardim.

Aberto em 11 dezembro de 2020, o empreendimento é sucesso pleno e eu, afoito que sou, arvoro-me a elencar algumas razões para isso:

– A pandemia escancarou que os lugares ao ar livre são mais saudáveis. Vou além e digo (livre interpretação) que essa mania de restaurantes fechados, com o ar condicionado em -1Cº, tem a ver com a negação da nossa tropicalidade. Quem avisa, amigo é: Gotham City já era. O chic agora é estar entre mangueiras, sapotizeiros, pés de fruta-pão, samambaias, costelas-de-adão e outros verdes.

Emendo um apelo: empresári@s, não destruam os últimos quintais do Recife! Ganhem dinheiro com eles!  

– Servir comida, comida. Brasileiras e brasileiros do Nordeste comem e a gostam de carne de sol, charque, caldinho de feijão, costela e por aí vai… Não precisa haver convencimento. A cozinha regional, de casa de vó, está na memória do paladar, dos afetos, ou seja, é fazer bem feito, respeitando os processos historicamente testados e aprovados e ser criativo, porque renovar é lei da vida. Bingo! É o movimento quem diz.

Sendo claríssimo: gastronomia contemporânea enraizada na cozinha pernambucana é o que o eva pratica.

– Atendimento suave. Gentileza não robótica e eficiência. 

– Música boa. Para mim é fundamental. Se o som é bagaceira inviabiliza o desfrute e, consequentemente, a permanência. A trilha do eva provoca, porque é legal e ao mesmo tempo é desconhecida. Rola muito ao vivo, mas tem a coisa da pandemia – numa hora pode, noutra não.

– Coquetelaria autoral. Não posso responder pelos alcoólicos, mas os sem álcool são uma maravilha.

– Porte de complexo, multiuso. Com 1.500 m² abriga a adega da Total Vinhos, uma fábrica de bolos, café e, futuramente, cowork.

– Por fim, preços praticáveis.

São sócios na empreitada, Márcio Pedrosa, Júlio Vieira e os chefs André Britto e Beethoven Picuí. Foto: divulgação.

Funcionamento:

Quarta e quinta-feira, das 11h30 até às 15h30 e das 18h à meia-noite.

Sexta-feira e sábado, das 11h30 à meia-noite.

Domingo abre às 11h30 e segue até às 22h.

Endereço:

Rua Quarenta e Oito, 490, Espinheiro, Recife.

@vainoeva

A carne de sol merece o status de carro-chefe. Foto: Marcos André.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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