As 7 videoperformances foram criadas a partir da leitura do livro Há um Mundo por Vir? Ensaios sobre os Medos e os Fins, de Eduardo Viveiros de Castro e Déborah Danowski, e outros materiais, e refletem criativamente sobre a crise sanitária, ambiental, social e política que vivemos.

Uma experiência cênica em campo expandido, em que o público é convidado a entrar numa sala virtual para um prólogo ao vivo e, a partir daí, acessar e circular livremente por 7 salas, onde serão exibidas as 7 tentativas de atravessar o fim do mundo, realizadas pelo coletivo de artistas. Topa a viagem?

Como assistir ao FIM DO MUNDO E O QUE VEM DEPOIS?

Vá para a plataforma virtual do Centro Cultural São Paulo – CCSP/SP, no link: bit.ly/FimDoMundoCiaLivre. Ao entrar, você estará dentro a sala do Zoom, onde vai ocorrer a exibição.

Anoooote: do dia 30 de novembro ao dia 19 de dezembro, sempre às 21h. Quanto? Gratuito. Classificação indicativa? 16 anos. Realização?  Cia Livre da Cooperativa Paulista de Teatro. Apoio? Corpo Rastreado.

Apresentação*

A Cia. Livre trabalha coletivamente desde 1999, desenvolvendo uma práxis teatral cujo cerne reside na criação de processos de estudo, pesquisa e criação abertos ao público, o que resulta na participação ativa dos espectadores nos seus espetáculos.

Esses “estudos públicos”, desde o início do trabalho, tornou-se um procedimento essencial para a criação na Cia. Livre. Através desta “pesquisa estética pública” começamos a “cercar” um tema, através do teatro, mas também com a parceria de pesquisadores de outros campos das ciências humanas, principalmente a antropologia e a história, mas também a geografia e a medicina. E a partir de um certo momento de nossa prática, a pesquisa teórica e cênica, passou a contar com a pesquisa de campo e, a partir daí, o contato humano e a comunicação com as pessoas em cada passo do fazer teatral, torna-se uma práxis seminal do trabalho. Desta forma, o posicionamento social e político de cada trabalho – o “por quê” fazemos o que fazemos e como fazemos, com quem e para quem – advém da relação direta com segmentos específicos da sociedade brasileira, através de estudos públicos e pesquisas de campo.

Estudar e conhecer para devorar (ou ser devorado) publicamente, para refletir o nosso próprio tempo histórico, junto com uma plateia participante. É pesquisa em artes cênicas, mas também é uma forma de ação estética e política.

O ENCONTRO, primeiro teórico, depois humano, com os povos indígenas, alguns entre os múltiplos povos originários dessa terra, suas culturas complexas e cosmologias outras, seu modo comunitário de fazer e viver, gerou uma reviravolta no trabalho e na forma de existência da Cia. Livre, uma transformação ou deslocamento fundamental do nosso ponto de vista. Mudou a nossa forma de ver, de ser e fazer teatro. Ainda precisamos aprender a escutar melhor suas palavras…

Esse modo de fazer, construído por múltiplos artistas, amigxs e parceiros em companhia, em 21 anos de estrada, propõe uma relação direta entre a pesquisa, a pedagogia e a prática teatral, como ação política e social.

É o que podemos fazer… e o que devemos fazer, enquanto dura.

É nossa responsabilidade como artistas e como seres viventes deste planeta global, em 2021, aqui e agora. Estamos em uma encruzilhada da história, tempos de “fim de mundo” ou começo de outro. Onde tudo pode mudar ou o céu pode cair sobre nossas cabeças. Escolhemos agora, como muitos e muitas de nós, dançar e contar histórias para o céu não cair.

*Texto de apresentação capturado do site www.cialivre.art.br

Preparad@s?

Imagens: divulgação.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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