Na contagem regressiva-ansiosa para a estreia de Consuella, documentário do jornalista e cineasta Alexandre Figuerôa.
Meu reencontro com Consuella, a travesti mais poderosa que vi de perto, está super próximo – será logo mais, quarta-feira, 23 de agosto de 2023, às 19h, no Teatro do Parque.
Lembro de vê-la, grande e perfumada, no dancing da boate Misty.
Poderosa, era habitué, em fotos e notas, das colunas sociais dos jornais.
Arrojada, roubava e escandalizava a cena dos desfiles de fantasia. Vi no Instagram de Figuerôa, Consuella na capa da revista Fatos & Fotos, no Carnaval de 1980. Estava seminua e bafônica ao lado de um Aiatolá Khomeini, aquele que em 1979 depôs Mohammad Reza Pahlavi, naquela altura o xá do Irã, e instaurou uma república islâmica…
À época não tinha cacife social para intimidades, talvez por isso, o desejo de conhecer mais.
A entrada é gratuita, mas é importantíssimo levar um 1kg de alimento não perecível. O arrecadado será doado para a ONG Amotrans-PE (Articulção e Movimento para Travestis e Transexuais).
Abaixo, a sinopse:
‘Nas décadas de 80 e 90, Consuelo foi a travesti mais famosa do Recife. Depois de morar no Rio de Janeiro, foi viver em Paris, onde fez sua transição e se tornou vedete do cabaré Carrossel de Paris.
No carnaval, vinha ao Recife e participava dos concursos de fantasia do Baile Municipal, onde ganhou prêmios e causou escândalo.
Conhecida como Consuella de Paris, ela foi a ‘mami’ de outras jovens travestis pernambucanas e, graças a sua fama, virou notícia nos jornais, contribuindo para atenuar o preconceito contra a comunidade LGBTQIAPN+.
O documentário recupera a história dessa figura lendária das noites recifenses’.
O Teatro do Parque fica na Rua do Hospício, 81, Boa Vista, Recife.
Imagens: divulgação.
A força dela continua presente. Adorei o título da matéria.