Já posso afirmar que nós estamos promovendo essa revolução nas empresas.

Nos últimos textos, tenho tratado sobre as dificuldades que os profissionais acima dos 45, 50 anos, enfrentam quando tentam se recolocar no mercado de trabalho. E por quê? Essa é a pergunta de milhões… Vou destrinchando essas possíveis razões, ao longo do texto.

Além de estar vivenciando a fase 50+, também pesquiso com afinco sobre o tema, e detecto que as empresas que têm, em sua maioria, colaboradores jovens, tendem a ser validadas como modernas, compostas por pessoas com ideias inovadoras e cheias de frescor. Mas quem disse que nós 50+, não temos essa vivacidade? Quem determinou que somos doentes, incapazes nesta idade ou acima dela?

Você sabia que dados recentes de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que somos mais de 25% da população, embora, apenas, entre 7% e 10% de nós estejamtrabalhando formalmente? E que 15% da população brasileira tem 60 anos ou mais? Quais seriam as causas para essa desigualdade?

Como disse previamente, aqui na coluna, pude comprovar no Festival MaturiFest 2023, em São Paulo, um público 45, 50+ ativo, engajado nas mídias sociais, ávido por conhecimento e disposto a voltar ao mercado de trabalho formal. Conheci Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi. Ele reforçou que algumas empresas já deram o primeiro passo (texto anterior), contudo, outras estão perdidas, sem saber por onde começar. Litvak explicou que o trabalho da Maturi ultrapassa a divulgação de vagas de recolocação para quem tem mais de 45 e a promoção de networking em eventos realizados ou apoiados por eles. “A gente capacita as empresas a ter um novo olhar em relação a esse público, treinamos equipes de RH para que elas possam perceber que a experiência de vida e a maturidade, são elementos fundamentais em decisões assertivas e geram resultados positivos para todos”, disse. Mórris ampliou o debate: “É preciso pensar em políticas públicas para esses profissionais, não depender exclusivamente das iniciativas das empresas privadas que estão fazendo esse movimento”.

Andrea Tenuta, Head de Novos Negócios da Maturi, contou “ser necessário quebrar estereótipos, a resistência dos RHs. É um processo de educação das lideranças também”. Ainda segundo Tenuta, o ritmo do processo transformador precisa ser acelerado: “O selo de certificação Age Friendly acaba sendo uma boa provocação em outras organizações que, assim, buscam pelo selo e passam a enxergar esses profissionais mais maduros”.

Andrea Tenuta

Finalizo a coluna de hoje, afirmando que existe luz no fim do túnel. Estamos abrindo portas para os meus filhos, os seus netos, para as gerações futuras. Que ao chegarem nesta fase tão linda e repleta de desafios, eles e elas possam optar se querem ou não trabalhar formalmente. Jamais parar porque foram considerados “velhos e acabados”.

Já deixo o convite para no próximo texto, o último da série MaturiFest 2023. Confiram duas histórias inspiradoras, de gente acima dos 60 anos que se reinventou e que eu conheci lá!

Metade Pernambuco, onde nasceu, e metade Santa Catarina. É graduada em Comunicação Social pela UFPE e tem especialização em MKT digital, pelo Impact Hub / Sebrae-SC.

Fotos de Mórris Litvak (em destaque) e Andrea Tenuta: Sorella Comunicação.

Foto de Simone Magalhães: divulgação.

Simone MagalhãesAuthor posts

Simone Magalhães

Metade Pernambuco, onde nasceu, e metade Santa Catarina. É graduada em Comunicação Social pela UFPE e tem especialização em MKT digital, pelo Impact Hub / Sebrae-SC.

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

4 × três =