Esta é uma história sobre o amor.
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Num lugar muito longe, além da terra e do mar, onde existia o simplesmente amar e ser amado, Sigilo e Romã se apaixonaram.
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E porque não há linhas precisas, o saber amar é dificílimo saber… Esboçar um percurso retilíneo, definido, e atrever-se a racionalizar as emoções é, para mim, impossível.
O engraçado (?) é ser possível saber, com exatidão, a distância entre a Terra e a Lua.
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Romã deriva da palavra etrusca ‘ruma’ e remete a loba que adotou e amamentou Rômulo e Remo, os gêmeos.
Sigilo provém do latim ‘sigillus’.
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As paixões dos mitos, as histórias de amor da literatura, do teatro, do cinema, da TV, dos gibis da vida, nos inspiram aprender a resiliência e a reconectar, sempre que chamados ao exercício, o sentido do existir.
A arte convida à transcendência da realidade ordinária.
Silicone Love, a minha próxima exposição, encoraja transitar pelas psicologias (seriam transes?) das paixões e do amor. Nada mais humano, nada mais comum e, paradoxalmente (?), surpreendente.
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Romã e Sigilo continuam encantados, apreendendo a arte de amar para, assim soube, encontrar sentido e propósito em suas ações. Ao fim e ao cabo, somos todos feitos da mesma matéria que os nossos sonhos.
Assim, a receita mais eficiente para enfrentar o problema global da existência humana, arrisco ser incisivo, é amar com calma e alma, sempre.
Nó é para arroxar, senão é laço.
Edson Menezes é do Recife (nasceu em 1970) e começou a desenhar aos 15 anos. Economista, decide se jogar nas artes em 1993, através das artistas-mentoras Badida e Ana Vaz. Gradua-se na Florence Academy of Art e faz pós, na UFPE, em Jornalismo e Crítica Cultural. Em 2024, a revolução está completando 3 décadas.
Foto (divulgação) em destaque: óleo sobre tela Amor Romã, 80cm x 60cm, 2024, assinado por Edson Menezes.
Foto do pintor: divulgação.
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