Visitei a Casa Cor Santa Catarina – Florianópolis e Casa Cor Pernambuco – Recife. O legal de conferir um evento tão significativo para a arquitetura brasileira em duas cidades, em dois estados tão distintos, é perceber, nitidamente, as diferenças e as semelhanças que existem entre esses mercados.
Algumas tendências estão presentes aqui e lá. Um exemplo são os ambientes monocromáticos que eu, particularmente, acho extremamente elegantes. A paleta aposta nas cores neutras e nas terrosas em particular – mais que sóbrios, os tons terrosos levam a pegada orgânica para os ambientes que, sempre que dá, têm verdes. As plantas têm seu protagonismo garantido. A aplicação de tijolos de barro, palhas, tecidos rústicos e outros materiais similares fecham o conceito.
Até agora, há muito mais de parecido do que de diferente entre Recife e Florianópolis.
Em Floripa, percebi que o jeito de morar está em transformação – a presença de vegetação e de elementos e objetos que remetem à natureza é marcante. Há mais brasilidade.
Em Recife, percebi a acentuada presença de obras assinadas por artistas de peso: Gilvan Samico, Francisco Brennand, Cícero Dias, José Patrício, José Cláudio, Edson Menezes, Antônio Mendes, Pragana, Alice Vinagre, Rodrigo Braga… Não fosse o bastante, a galeria Número, um braço da Amparo 60, está presente com uma exposição surpreendente.
Pautar os novos projetos a partir desse caldeirão de informações é uma ótima possibilidade. Visitas super válidas.
A Casa Cor Florianópolis encerrou-se 12/9 e a Casa Cor Recife chegou ao fim domingo, 5/12.
Imagem em destaque: obejtos de barro. Brasilidade sulista.
Fotos: divulgação.
Em tempos onde o meio ambiente grita por socorro, é um acalento para os olhos ver cores de terra no dia a dia. Imaginar um imenso barranco de onde se tira inúmeras peças, verdadeiras obras de arte. E como você disse, o verde das plantas, complementa o ambiente e da a sensação de que a natureza está mais perto de nós.