Hoje (29) é o dia Nacional da Visibilidade Lésbica, por isso, o Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH), programa vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), alerta a toda a população para as consequências causadas pela lesbiofobia ou lesbofobia, termo utilizado para o preconceito e discriminação contra a pessoa lésbica. De acordo com o programa, as maiores violações contra esta população são: cárcere privado, violência psicológica, física, até a sexual, e as consequências vão desde a ansiedade, isolamento social, depressão e, em alguns casos, o suicídio.
A vendedora Rosemere Tavares sentiu na pele o primeiro ato lesbiofóbico aos 17 anos de idade. “Fui posta para fora de casa, mas depois meus avós me acolheram, porque o amor fala mais alto. Hoje tenho um relacionamento maravilhoso com os meus pais. Tiveram umas tentativas de estupros por homens, escapei por um triz. Eu já fui, sim, vítima de homofobia e procurei ajuda no CECH e na delegacia. Por isso, a cada dia estou encorajando minhas colegas e amigas a irem em frente e denunciar. Violação é uma coisa que fere a alma da gente”, relata.
O Secretário-executivo de Direitos Humanos, Diego Barbosa, explica como são feitos os atendimentos. “Nenhum caso é igual e sempre vai depender do tipo de serviço que a pessoa está precisando. Após a escuta humanizada, são realizados os encaminhamentos das demandas para a nossa rede integrada”, informa. Ele ainda complementa e afirma “que o maior objetivo do Governo do Estado, neste dia tão importante, mas também durante todo o ano, é proteger e promover os Direitos Humanos das lésbicas, bem como de toda a população LGBTI+, no enfrentamento a qualquer tipo de LGBTIfobia. Por isso, ao primeiro sinal de violação, pedimos que entrem em contato com o CECH e realize a denúncia”.
Mesmo em meio à pandemia, causada pelo novo coronavírus, nenhum dos serviços do CECH foi interrompido, mas, sim, adaptados para serem prestados de forma remota, a exemplo dos atendimentos que ocorrem por telefone ou videoconferência. Denúncias de violações contra a população LGBTI+ podem ser feitas ao Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH), pelo telefone (81) 3182-7665 ou pelo e-mail centrolgbtpe@gmail.com e assim, o CECH, poderá atuar e realizar os encaminhamentos cabíveis a cada caso, inclusive, para que os responsáveis pelas violências possam ser identificados e, se for o caso, punidos criminalmente.
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