Em 9 junho de 2025, às 12h17, a luz do sol imperava. À frente, o horizonte quase infinito da terra plana de poucas águas. Esse era o agora dele. O que via.
Em outros cantos, o agora pegava fogo: genocidas desafiam, sem dó, a Lei do Retorno. Impérios desmancham-se, furiosos, ao vivo e a cores, nas telas-palmas das nossas mãos.
A serpente fascista teima viver.
Não bastasse isso, pensou ele, ainda há o agora de dentro, aquele que tece o agora lá fora. ‘É demasiado’, falou baixinho. Mas quase de pronto, resignou-se, aceitou o descontrole.
Respirou, compreendeu que o rio corre sozinho (não é preciso apressá-lo) e foi realizar o possível (com alegria).

Foto em destaque do ‘além do horizonte’ de Brasília: Edgard Homem.
Foto do autor: Ademar Filho.
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