Um ano em que o não saber é a regra sem exceção. Pelo menos até agora, 12 de maio de 2020, tem sido assim.
O que se faz diante disso?
Tem gente em pânico, paralisada. Tem gente que decidiu confiar e entregou-se às forças cósmicas que regem a vida, mas o céu ainda está nublado. Há quem não dê a mínima e queira a normalidade de volta – porque desconheço a vivência da normalidade, isso soa estranhíssimo. Outras apostam todas as fichas, ainda, na alta performance. Crise é igual a oportunidade de fazer dinheiro e se der para comprar alguma empresa falida, perfeito. Outros tipos existem e têm aqueles como o artista plástico Edson Menezes, que acessam rara tranquilidade e produzem, mais do que antes, bens de valor perene. Esses eu invejo.
No epicentro das energias de um planeta em transição, ele manufatura Ego Despido.
![](https://blogedgardhomem.wpcomstaging.com/wp-content/uploads/2020/05/edson-m.-1.png?w=576)
“Ego Despido nasceu como todos nós, nus, crus, autênticos, chorosos, berrantes, famintos, serenos, sonolentos. Saídos da zona de conforto do útero materno, com as mais primitivas emoções a flor da pele. Humanos apenas humanos. Experimentamos sede, fome, frio e sono. Sem um perfil construído e elaborado.
O corpo, médium do espírito, nunca foi imune aos sentimentos e as suas consequências psicológicas.
A era internáutica global nos trouxe novas circunstâncias, uma revolução emocional contemporânea em plena erupção e por isso de difícil julgamento dos prós e contras, paradigma frequente nos grandes revolucionamentos históricos. Todas as rupturas de geração e seus estados de mutação parecem irracionais, mas são inevitáveis”.
![](https://blogedgardhomem.wpcomstaging.com/wp-content/uploads/2020/05/edson-m.-2.png?w=576)
Adiantamos conceito e imagens da exposição Ego Despido que, assim como 2020, pelo menos até agora, 12 maio, ainda não sabe quais serão os seus próximos passos no mundo de carne e osso. Admirar, refletir e aguardar.
PS: Edson Menezes é trabalhador das artes há 25 anos.
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