Às 19h desta quinta-feira, 11 de janeiro de 2024, no Furdunço Café e Cultura, Alexsandro Souto Maior, escritor e ator conterrâneo, apresentará aos pernambucanos o seu novo livro de poesia.

Escolhido em seleção promovida pela Editora Patuá – foram mais de 3 mil originais oriundos de todo o Brasil, O paraíso e seus destroços ganhou lançamento na Casa Gueto, na última FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty (de 22 a 26 de novembro de 2023).

“Em O paraíso e seus destroços, o título já nos convida a um jogo. Nele, a palavra é mais liberta, ela brinca. Ela toma o espaço, carregada de som e suscitando imagens, tensões. Esse jogo sempre me atraiu!”, diz o autor.

Trecho do poema O purgatório

Há um purgatório em cada janela colonial aberta/ em cada vestido esquecido no guarda-roupa/ em cada botão de rosa.

Trecho do poema Juízo final

Algum dia/ em alguma noite insossa como esta/ provarei (doce e demoradamente)/ dos afetos e das sobras de Deus.

Mais sobre

O paraíso e seus destroços conta com + de 70 poemas que versam, em boa parte, sobre imagens e ideias de paraíso – não só a ‘grande ideia’ de paraíso, mas também os destroços e paraísos individuais e intransferíveis.  

Na noite, o professor e escritor Robson Teles e a também escritora Conceição Rodrigues recitarão Alexsandro Souto Maior.

As 92 páginas exploram, visualmente, o chiarooscuro, técnica de pintura difundida pelo estilo Barroco. Há referências, tanto no miolo, quanto na capa, do tríptico O jardim das delícias terrenas, do pintor flamengo Hieronymus Bosch, além de A criação de Adão, de Michelangelo. O projeto gráfico é de Roseli Vaz.

Mais sobre Alexsandro Souto Maior

Também é professor de literatura e autor de ficção e teatro.

Em 2005, com o texto dramatúrgico Luzia no Caminho das Águas, obteve o Prêmio Funarte de Dramaturgia, na categoria voltada para infância e juventude.  

Em 2011, com Mariano, irmão meu, conquistou o Prêmio Literário Cidade de Manaus, na categoria de teatro adulto. Em 2017, com Eu e os Avelós, venceu, novamente, o Prêmio Literário Cidade de Manaus.

No ano subsequente, levou o Prêmio Ariano Suassuna com a obra dramatúrgica Tempo de Flor – que foi montada pelo grupo Pé de Vento de Arcoverde. Em 2020, torna a vencer o Ariano Suassuna, desta feita com O mistério do Casarão de dona Niná (igualmente na categoria de teatro para infância e juventude).

Quando o assunto é poesia, olhe para A seiva. Publicada em 2020, recebeu menção honrosa por parte da Academia Pernambucana de Letras.

Também é autor de Recife Anfíbio e outras paragens, obra poética que surgiu de projeto audiovisual homônimo, contemplado pela Lei Aldir Blanc.

Detalhe do tríptico O jardim das delícias terrenas, de Bosch. Óleo sobre carvalho 1503-1515.
Fonte: filmforum.org/film/hieronymus-bosch-touched-by-the-devil-film.

Completando o serviço:

Preço: R$50,00.

O Furdunço Café e Cultura fica na Rua Gildo Neto, 92, Tamarineira.

O livro em casa.

Encerro com trecho do poema Paraíso a 30km

“O paraíso é uma cidade emancipada/ de um país cerceado por abutres/ de uma outra cidade tomada pelas sombras.”

Apocalipse e Esperanças.

Foto em destaque de Alexsandro Souto Maior e da capa da publicação: Augusto Pessoa.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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