Seguindo protocolo apresentado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco, hospitais do Recife retomaram a realização de consultas, diagnósticos, cirurgias eletivas e demais procedimentos ambulatoriais que haviam sido suspensos desde o início da pandemia do Covid-19. As medidas para a volta das atividades seguem algumas restrições e reforçam os cuidados com higiene e manutenção do distanciamento social para conter a curva de disseminação do novo corona vírus. As orientações são válidas para as redes pública e privada.
De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França, que também opera no Esperança Recife, as cirurgias naquele hospital serão retomadas obedecendo a todos os critérios e procedimentos de segurança para médicos e pacientes no pré e pós operatórios inclusive com triagem prévia sobre possível contato do paciente com portador de COVID-19 (nos últimos 30 dias). “O Esperança criou a chamada área “apartada”, que é exclusiva para a realização de procedimentos cirúrgicos e, também, para receber os pacientes já operados em total segurança e sem nenhum registro de caso de Convi-19. Além disso, todos os pacientes operados no Hospital Esperança serão internados em apartamentos para evitar contatos com outros pacientes, independente da especificação do Plano de Saúde”, ressalta o especialista.
Ainda, segundo Walter França, a cirurgia bariátrica é considerada uma cirurgia eletiva essencial, sobretudo nesse período da pandemia. “O retardo do tratamento de pacientes obesos e clinicamente graves, que apresentam comorbidades importantes como diabetes tipo 2 com indicação cirúrgica e hipertensão, podem resultar em aumento da morbimortalidade, tal como documentado em diferentes países, diminuindo suas chances de sucesso no tratamento, devido ao adiamento”, garante. O cirurgião bariátrico ratifica que a obesidade é um problema crônico e aumenta o risco de mortalidade em jovens obesos e que tenham a Covid-19.
A Pandemia da Covid-19 é uma emergência sanitária global sem precedentes na história moderna e a suspensão absoluta dos atendimentos eletivos, consultas, procedimentos e cirurgias aumenta o risco de morbimortalidade em pacientes crônicos. Devido a isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu em sessão plenária, no último dia 21 de maio, que a realização das cirurgias eletivas bariátricas e metabólicas no período de pandemia da Covid-19 são de fundamental importância e deveriam ser retomadas em todo país.
No Brasil, 57% dos adultos estão acima do peso ideal e 20% são obesos. Segundo dados do Ministério da Saúde, a mortalidade dos jovens obesos é mais alta do que nos idosos obesos com Covid-19. Essa relação entre obesidade e agravamento dos pacientes começou a chamar atenção a partir da explosão de casos nos Estados Unidos onde cerca de 42% da população é obesa. A obesidade é o segundo fator de morte do Covid-19, atrás apenas da idade.
De acordo com a publicação feita no Diário Oficial do último dia 09/06, a SES determina que os consultórios, clínicas, laboratórios e hospitais devem manter no mínimo 1,5 metro de distância entre profissionais de saúde, colaboradores, pacientes e acompanhantes. O horário de atendimento também deve ser escalonado para evitar aglomerações, sendo permitidos até dois pacientes por hora nas etapas iniciais do cronograma. Em caso de necessidade, há autorização para um acompanhante por paciente.
Para as empresas com mais de 20 funcionários, além da sintomatologia, o governo estadual determina que a temperatura dos trabalhadores seja medida diariamente. O uso de máscaras durante o expediente também faz parte do protocolo, assim como a higienização constante de superfícies como maçanetas, mesas e teclados. Caso um funcionário apresente sintomas da Covid-19, a orientação é afastar o profissional do trabalho por até 14 dias. Os colaboradores também devem informar à empresa se tiveram contato com pessoas diagnosticadas com a doença provocada pelo novo coronavírus.
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