Rubem Fonseca morreu na tarde hoje, aos 94 anos. O escritor de origem mineira sofreu um infarto no horário do almoço e foi levado às pressas para o Hospital Samaritano, em Botafogo (Rio de Janeiro), onde morreu. A informação foi confirmada ao UOL pelo genro de Rubem, Pedro Correa do Lago, também escritor, e pelo Samaritano. “Foi um infarto. Ele estava em casa, não se sentiu bem, e a gente levou para o Samaritano. No trajeto ele desmaiou, ainda tentaram reanimar, mas ele não resistiu”, contou Do Lago, casado com Bia Corrêa do Lago, filha de Rubem. “Mas ele estava bem até aquele momento”. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

Em boletim, o Samaritano informou: “O Sr. Rubem Fonseca faleceu na tarde desta quarta-feira em decorrência de uma parada cardíaca. A instituição se solidariza com os familiares e amigos do escritor.” Rubem Fonseca venceu, em 2003, o Prêmio Camões, o mais prestigiado da literatura em língua portuguesa. Publicou romances clássicos como “O Caso Morel” (1973), “Bufo & Spallanzani” (1986) e “Agosto” (1990), e coletâneas de contos e crônicas como “Feliz Ano Novo” (1975), “O Cobrador” (1979) e “Pequenas Criaturas” (2002).

Rubem Fonseca, natural de Juiz de Fora (Minas Gerais), nasceu em 11 de maio de 1925 e residia desde a infância no Rio de Janeiro. Formado em direito, chegou a trabalhar na polícia do Rio, especialmente no departamento de relações públicas. O primeiro livro de contos, intitulado “O Prisioneiro”, foi lançado em 1963, quando Fonseca tinha 38 anos. Coleções como “A Coleira do Cão” (1965) e “Lúcia McCartney” (1967) se seguiram, com o primeiro romance, “O Caso Morel”, chegando dez anos depois da estreia do escritor. A coletânea “Feliz Ano Novo”, de 1975, com seus relatos de sexo, violência e conflitos de classes, foi censurada pelo governo da ditadura militar.

Reprodução parcial do Portal UOL

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Edgard Homem

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