O tempo, esse relógio apressado, vai a cada segundo nos colocando no lugar da lembrança/saudade.

Memórias…

Conheci Valdi Coutinho através de Antônio Edson Cadengue e Jomard Muniz de Britto, no início da década de 80 do século XX. Noitadas na NOVELHA PORTUGUÊSA. Eu, então estudante de Artes Cênicas na UFPE e aluno dos dois Mestres. Desde então, iniciamos um relacionamento fraterno e profissional.

Dizer que Valdi foi: jornalista, produtor cultural, ator, autor, professor de teatro e diretor, não quer dizer nada. Ele foi incentivador e apoiador de muitos jovens talentos (eu incluso). Ele foi editor do caderno de esportes do Diário de Pernambuco. Cobriu várias Copas do Mundo. Ele será inesquecível pela sua doçura e acidez – sempre que necessária. Ele será sempre lembrado pelo Baile dos Artistas de Santa Rita a Afogados, da Ilha do Retiro ao Arruda e por fim, no Clube Português. Bem antes de virar franquia neoliberal!

Ah! Bom mesmo era irmos assistir “As Rolinhas do Barão”, lá no Pina. Sim, Valdi era boêmio de primeira linha.

Relógio? Nem aí pras horas!

Trabalhei com ele no Teatro e no Baile. Neste último, por mais de 30 anos. Olha o Tempo entregando a minha idade… que eu nem ligo. No Baile tive várias funções e terminei como apresentador oficial.

Nesta “escridura” (termo cunhado por JMB), impossível não citar nosso amigo comum Marcus Vinícius. Os tempos eram outros, as relações também. Podíamos importuná-lo por uma nota, uma matéria de capa ou uma divulgação. Acho que sua formação básica no Seminário em Garanhuns, na companhia de Agnaldo Silva, forjou seu caráter cristão/ecumênico.

Mas, o maior legado de Valdi Coutinho tenha sido sua cria Sharlene Esse (amada!). Neste até breve, ficarão nas minhas retinas suas pinturas naïf. E que, Ivonete Melo, nossa Rainha da Pernambucália possa imortalizá-lo em forma de prêmio. Nem se despediu de mim. Fazer isso comigo, Seu Waldir, isso não se faz não!

Vavá Schön-Paulino – 59 anos, é ator, diretor, performer, poeta, professor de teatro e atualmente Diretor de Cultura e Turismo do Município de Floresta-PE e escreveu este texto exclusivamente para o blog.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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