Moldura, aliás, é o nome da primeira canção do álbum que, entre outras coisas, diz: ‘Passará por mim o tempo, passará por mim a luz. Vem por mim passando o vento, passam por mim os azuis…  Entre o vermelho e o verde, cinzas, brancos, rosas, pérolas e lilás…’.

Diáfano. Delicado. Magro.

Toda Asma, a terceira faixa, é à capela e diz, entre outras coisas: ‘Sim, que tenha leveza, que amor, ao contrário do que dizem, não precisa ter sofrimento…’.

Aspiração. Desejo intenso. Possibilidade.

Dona de Mim é a quinta música que, entre outras coisas, diz: ‘Somente é o vento quem me comanda, eu sou feito duna, uma escultura sem fim, sou dona de mim, eu vou feito pluma, somente o vento me apruma…’.

Afoiteza. Possível plenitude.

Queimando Amor é a sexta e diz, entre outras coisas: ‘Altas da noite, eu sou facho e tenho um riacho acesso em mim. Enquanto eu ardo e mecho com fogo, tenho teor de álcool em mim, que alimenta meus incêndios, ondas de calor…’.

Elemento fogo na cabeça.

Cito mais uma: Silêncio, que ele canta com Flaira Ferro e que, entre outras coisas, diz: ‘Silencio, eu quero ouvir a voz que vem de dentro, quero escutar somente o pensamento, eu cansei de lhe falar… Mas eu escuto a voz do seu intento, cuidado com o que não me diz…’.

Presença do oculto. Força invisível.   

Maria Juana

Minha viagem ao escutar o álbum foi desenhar a personalidade do artista a partir das suas escolhas.  Não sei qual será a sua.

Ouvi Moldura à moda antiga, como se fazia no tempo dos LPs. Parei para prestar atenção. Lembrei-me de Caetano, de Ney Matogrosso, de Djavan, enfim, da tal MPB e sorvi essa atmosfera emoldurada por Tonfil.

O trabalho pode ser conferido nas plataformas e terá 2 shows de lançamento. Dia 15 de outubro, no Instituto Lourival Batista, em São José do Egito, cidade do Sertão de Pernambuco e terra natal do multiartista. No dia 28 de outubro, será a vez de Olinda conferir Moldura na CEL, Casa Estação da Luz.

Para as apresentações foram disponibilizados 200 CDs – a unidade será vendida por R$ 25,00.     

Uma andorinha só não faz verão…  

Moldura, aprovado pelo edital do Funcultura-PE de 2018, tem direção e produção Juliano Holanda.

São 11 letras assinadas por compositor@s gigantes: Zeto, autor da faixa-título; Anaira Mahin, Joana Terra, Isabela Moraes, Ezter Liu, PC Silva, Antonio Marinho, Lula Queiroga, Juliano Holanda, Zeto, Ênio OhomemBorba, Gean Ramos, Martins e Marcello Rangel.

Não poderia falta a ficha técnica:

Voz: Tonfil

Violões e guitarra: Juliano Holanda                

Bateria: Rafael B

Guitarra e baixo: Rogê Vitor     

Participações:                    

Flaira Ferro: Voz

Julio Cesar: Acorden        

Miguel Marinho: Pandeiro        

Rafael Marques: Cavaco e Bandolim

Zé Manoel: Piano  

Gravação, Masterização e Mixagem: Estúdio Muzak, Carranca

Técnicos: André Oliveira, Albérico      

Assessoria de Comunicação: Bruno Albertim          

Redes Sociais: Thiago Queiroz  

Fotografia e Vídeo: Mariana Pinheiro

Projeto Gráfico: Zzui Ferreira                                       

Produção Executiva: Dani Varjal

Canta, esse menino!
Moldura

Edgard HomemAuthor posts

Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

um × quatro =