Por questões óbvias, não haverá festão para comemorar os 25 anos de palco do Papanguarte. Por questões igualmente óbvias, é preciso registrar o ¼ de século desse grupo folclórico criado por Carlos Marques – jornalista, bacharel em direito e multiartista olindense nascido no Hospital do Tricentenário. Esse é raiz.

O mentor é de Olinda, já o Papanguarte é cria de Bezerros, terra dos papangus – os mascarados que saem pela cidade no período carnavalesco e que adoram traçar um bom prato de angu.

PAPA + ANGU + ARTE = PAPANGUARTE.

Mais…

Para manter viva a tradição, seus integrantes dançam mascarados.

O grupo já viajou por quase todos os estados brasileiros – levam o frevo, maracatu, forró, ciranda, coco, xaxado, cavalo marinho e reisado, mas, o carro-chefe dos espetáculos é a figura dos Papangus de Bezerros.

São 50 pessoas no total. 30 são bailarinas e bailarinos e têm as mais variadas idades, a partir dos 4 anos. Para fazer parte do corpo de baile, algumas exigências são feitas e frequentar a escola é uma delas. Quer entrar para a trupe? Mais informações no (81) 98631.9602.

A lista de troféus, premiações e participação em festivais dentro e fora do Brasil é enorme, contudo, selecionei algumas, pois é preciso que nós tenhamos a real dimensão da importância do trabalho dessas associações, da seriedade, do empenho, enfim. A pandemia deixou bem claro que a arte é produto de primeira necessidade para a saúde mental.

Eis:

Em 2017, o grupo foi agraciado com o prêmio culturas populares, edição Leandro Gomes de Barros, através do Ministério da Cultura.

Em 2015 foi o homenageado da 51ª edição do Festival de Folclores de Olímpia, São Paulo, conhecida como a capital do folclore brasileiro. No mesmo ano, recebeu o troféu Diva Pacheco – Paixão Cultural na Categoria Cultura Popular, promovido pela Associação dos Produtores e Artistas de Pernambuco – APA.

O Papanguarte marcou presença em vários festivais de dança pelo país. Iniciou sua trajetória na cidade de Blumenau, Santa Catarina, quando esteve no Festfolk – Festival Nacional de Danças Folclóricas em 2002 – repetiu a dose em 2004, 2005, 2006, 2008, 2010 e 2012. No Nordeste, participou do Festival Internacional de Folclore de Caruaru, Pernambuco, em 2010 e 2011; do Festival de Inverno de Campina Grande, Paraíba, de 2010 a 2014;  do Festival de Folclore Agosto Cultural, Chã Preta, Alagoas, em 2020 e 2021, entre outros e por aí vai muita coisa ainda…

Local e universal. Parece ser a regra.
A rua é o palco mais quente.
Carlos Marques em P&B.

Fotos 1 e 3: Gustavo Capelari

Foto em destaque e 2: divulgação.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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