Filho de Patos de Minas, cidade a 415km de Belo Horizonte, instalada nas alturas da Mesorregião do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, Danilo Oliveira é um cara discreto, quase silencioso.
Hoje em dia, quando a exposição máxima é regra, ou melhor, lei, a postura serena pode soar algo como: nadar contra a maré ou, simplesmente, esquisitice mesmo… Mas, como diz um grande amigo, discreto tal qual Danilo, ‘Ninguém segura a força do trabalho bem feito’.
Pois é, ele é um dos sócios do japonês Kojima, endereço certeiro para quem quer comer bem no Recife. Mais que isso: vive lotado, é sucesso ininterrupto há 26 anos, ou seja, já alçou o status de clássico.
‘Entrei no Kojima de Brasília em 2009, ano da inauguração do restaurante de lá. Em 2016, cheguei ao Kojima do Recife, porém já havia visitado a casa em anos anteriores’, situa o perfilado que tem a administração como nicho de origem.
Danilo é do dia a dia, do corpo a corpo com cliente, da mediação entre a cozinha e o salão – caso essa relação não esteja azeitada (harmonizada), graves problemas surgirão. Tenha certeza disso.
Escalando
A história desse mineiro arretado começou na base da pirâmide: passou pelo bar, pelo caixa, compras, gerência e sociedade. ‘No Kojima Recife, eu já comecei como sócio-administrador’, conta para nós que precisamos, tanto, ouvir histórias positivas.
Ele responde
O que mais lhe encanta neste trabalho?
A sensação de servir é gratificante e, acima de tudo, fazer novas amizades.
O que você gosta de comer quando está à paisana?
De onde eu venho, todo mundo aprecia a mesa farta. Adoro a comida mineira, que está no meu DNA, mas eu também adoro cuscuz.
Pernambuco e Minas Gerais. Quais são as coisas que mais gosta e menos gosta nos dois estados?
Em Pernambuco, as pessoas são muito carismáticas e atenciosas.
Acho que ambos têm uma culinária ótima, porém não gosto de coentro e amo as praias daqui.
Em Minas eu não gosto do clima seco no período frio, mas gosto do frio quando está mais úmido e amo pão de queijo.
Quando surgiu a ideia de trocar o Kojima de endereço?
Em 2021, numa conversa minha com Amadeu Dias.
Por quê?
Inovar é necessário, se não o tempo lhe derruba. A renovação é uma lei da vida. E também necessitávamos de mais espaço físico, para melhor acomodar os clientes e otimizar o trabalho da cozinha. O Kojima passou de 102 para 120 lugares e agora temos estacionamento, um jardim japonês na área externa, um mega balcão de sushi com 9 metros, dois bares (um interno e outro externo), e a movimentação da cozinha está à vista do cliente.
Como foi a mudança?
Demorou um pouco, pois buscávamos um local que atendesse a todos os pré-requisitos estabelecidos pelos sócios Amadeu Dias, Arnaldo Motta, Alexandre Faeirstein e por mim.
Após encontrar o local, começamos a saga da reforma. Durou 175 dias. Uma vez terminada, fizemos a transferência em 3 dias, isso mesmo 3 dias… Abrimos na Rua Vicência, 85, no Pina, no dia 23 de agosto de 2023.
Qual a receita de sucesso do restaurante?
Trabalhar honestamente, acreditar nas pessoas e acima de tudo ser fiel aos clientes.
Defina numa palavra seus sócios e colegas de trabalho:
Alexandre Faeirstein: inovador.
Amadeu Dias: visionário.
Arnaldo Motta: antenado.
Quais são os planos para o futuro?
São muitos e promissores. Uma vez que sempre há espaço, mundo afora, para mais um Kojima. Aguardem novidades.
PS: este é o primeiro Perfil que publico aqui no Blog Edgard Homem – O Bom da Vida. Para abrir alas, escolhi Danilo Oliveira, 44 anos, pelo profissional experiente e competente que ele é, alguém com densidade real.
Até o próximo, Edgard Homem.
Foto em destaque de Danilo Oliveira: divulgação.
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