Aos 30 anos de arte, entre tantas outras experiências, Irani Garbuglio nos faz esta pergunta-xeque-mate: Quem é você no Xadrez da vida?
Repeti o questionamento, pois estou à procura da resposta ou das respostas.
Mas, enquanto ela ou elas não chegam, objetivemos:
A exposição está em cartaz no Fulô Café – fica na Estrada de Belém, 164, Encruzilhada, Recife.
A visitação se dá no horário de funcionamento do Fulô (olha a intimidade): de segunda a sexta-feira, das 11h às 19h, e aos sábdos e domingos, das 9h às 18h.
Quem é você no Xadrez da vida? seguirá até 24/11/2024 e, anote, no sábado, 9 de novembro, às 15h30, vai rolar visita guiada (mais para bate-papo) com Irani Garbuglio e Emerson Pontes, o curador da mostra e também artista.
‘A ideia da exposição surgiu após conversar com o amigo Emerson Pontes, sobre a minha produção artística ao longo dos anos enquanto arte-educadora e nos momentos em que me dediquei a prática das técnicas artísticas.
Surgiu da vontade de registrar este momento de transformação do meu exercício artístico. Perdi a visão do olho esquerdo e, por isso, busquei usar novos materiais.
Sempre trabalhei com tinta óleo e agora experimento a tinta acrílica e as técnicas mistas; misturo texturas, colagens, faço experiências nas telas que me trazem muita satisfação’, diz ela.
…
‘A temática do Xadrez fala de afetividade, da minha relação com meu pai. Ele ensinou a mim e aos meus filhos o Xadrez.
Na sua casa, ele deixava o tabuleiro montado para que todas as vezes que nós chegássemos lá, acontecesse uma partida.
Caso a partida fosse interrompida, ninguém mexia no tabuleiro até o momento em que nós pudéssemos voltar e concluir o jogo.
Pesquisei a história do jogo, as diferentes possibilidades de peças, comecei a criar, a desenhar as peças no papel do meu caderno de artista e fui passando para as telas ao longo dos meses’, diz ainda.
São 48 obras de diferentes tamanhos e diferentes preços: variam entre R$50,00 e R$1.500,00.
‘A intenção e a alegria maior é possibilitar que as pessoas possam levar para as suas casas um trabalho meu’, conclui Irani.
Abaixo, texto de Emerson Pontes:
‘O que se ousa saber do Jogo de Xadrez é mais que jogo.
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Legado pictórico, o tabuleiro e suas peças constituíram nosso imaginário em tantas tendências de Arte, sendo possivelmente o mais plural em variedade artística. Existe grande tipologia de formas e materiais, das mais simples às autênticas peças de coleção.
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Irani Garbuglio combate nesse viés, numa chaturanga rica de técnicas, uma linha de trabalho com a essência de um Rei que vive em boas lembranças. A Ele, Mauro Garbuglio, seu pai, a senhora pinta como quem escreve um diário, aqui e ali deixando-se revelar ao marcar seus 30 anos de Arte.
‘Xeque-mate’? Não;
Xeque-Arte é o que se apropria.
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E se houve jogo secular que combinou com café, foi celebração de vitória’.
Foto em destaque: Emerson Pontes e Irani Garbuglio – o jogo da Vida não se joga sozinho. Clique de Íris Garbuglio.
Demais imagens: Emerson Pontes.
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