Mazuli.
Nome único que batiza o artista e o seu primeiro disco.
A carta de intenções é clara: “E diga que me quer, ainda que seja mal”, canta na faixa de abertura Raspe com a colher – dele e Guilherme Barreto.
Aos 25 anos de vida e 2 de carreira, Mazuli quer ser o que é, o repertório é inteiramente autoral. “Esse disco é de uma pessoa que tem muito medo, mas ainda assim se joga. Como falo na canção Truman, vi o precipício e pulei”.
No final de agosto passado, lançou Mazuli pela Tratore em todas as plataformas digitais. Agora é chegada a hora do encontro com o público, naturalíssimo, não?
Já celebrado pela imprensa brazuca, ele assume o palco do projeto Tardes Olindenses, na Casa Estação da Luz. Quando? Sábado, 27 de novembro. Apresentará não apenas o repertório do 1º disco, mas também músicas que estavam no seu EP e algumas surpresas. Com ele, tocam Carlos Filizola (guitarra) e Daniel Ribeiro (percussão, teclado e programações). O espaço abre às 15h, o show tem início às 17h. A inteira custa R$ 60,00 e R$ 30,00 a meia.
Se liga: vendas pelo Sympla – link na bio da @casaestacaodaluz.
Endereço: fica na Rua Prudente de Morais, Carmo, Olinda.
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A decisão por um repertório 100% autoral não é aleatória. A poesia é sua guia.
“A ideia de ser cantor nasceu a partir da composição. A palavra sempre foi muito importante. A partir dela, vou criando as melodias. Comecei a cantar para dizer aquilo que escrevo, é o que me instiga”.
E foi colocando suas vivências no papel, ouvindo Lirinha, Cidadão Instigado, Chico Buarque, Toquinho, Vinicius de Moraes e por aí vai, que Mazuli construiu sua versão. “Todos esses artistas me inspiram muito, mas, na verdade, componho pensando em samba ou brega. Na minha mente, sempre vem um Gonzaguinha, um Odair José”, revela.
Natural do Recife e integrante da Reverbo (mostra de música de autoria, contemporânea e coletiva pernambucana), Mazuli traz Pernambuco impresso na fala, em seu DNA, mas, a sonoridade vai além do que se convencionou chamar regional – a embalagem é mais pop. A inspiração vai de Céu a Lenine, passando por Otto, com quem gravou em 2020 o single 8 ou 80.
As dores e cores do amor são embrulhadas na direção musical de Pedro Liao, com co-produção de Carlos Filizola.
PS: as melodias conquistam fácil os ouvidos, os refrões são assumidamente leves, porque é para amar, dançar, viver sem medo de ser feliz.
Fotos: Luma Torres.
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