Gerir negócios é sobre gente, o resto vem depois. É o que defende, com toda força, Jim Collins, consagrado pesquisador, consultor, palestrante e escritor estadunidense especializado em gestão de negócios, sustentabilidade e crescimento das empresas.

Para ele é “primeiro quem, depois aonde”.

Interpretando ao meu modo: ao invés de ter um bom plano na mão e depois ir atrás das pessoas; reúna, primeiramente, boas pessoas (com expectativas alinhadas) e elas lhe dirão para onde ir.

Nos últimos anos, eu tive a chance de conhecer diferentes conceitos de gestão e escolhi mergulhar, de cabeça, no Open Leaders. Revi meus caminhos. Mudei questões básicas de alinhamento entre as lideranças que conduzo e confesso, impressionado: tudo mudou.

Não tenho a pretensão de definir o que é ‘uma boa pessoa’, mas quero falar sobre ajustamento de expectativas no mundo empresarial. É preciso conversar e responder de verdade: O que você quer? O que eu quero?  De verdade.

São perguntas aparentemente ingênuas, mas, qual foi a última vez que você se sentou na frente de alguém e falou seriamente sobre desejos? Que falou exatamente o que sentia e queria, ou seja, falou a verdade? 

Parece existir uma barreira invisível separando o CPF (sujeito) do CNPJ. Diariamente, mecanicamente, vestimos a armadura a caminho do trabalho e, a partir daí, nos tornamos personagens. Heróis quase sempre mais fortes do que realmente somos, além de isolados. Na era das bolhas sociais, as pessoas pararam de conversar e está difícil partilhar o básico. 

Então, se você tem liderados, experimente criar um espaço de segurança. Estimule que eles escrevam, sem restrições, o que desejam da empresa para o ano em curso. Entregue, também por escrito e com exatidão, o que espera deles. O exercício é simples, potente, transformador; só exige ser levado a sério, principalmente pela liderança. 

O comum é que os liderados escrevam amenidades, porque ninguém quer perder o emprego… Esse condicionamento precisa acabar. Para o alinhamento ser pleno, verdades precisam ser ditas e o líder deve mostrar-se confiável. Melhor: ser confiável.  

Depois de tudo acertado, a sensação é a de ter um TIME, e não um agrupamento. É bem diferente.

Tudo é gente. Independente da tarefa ou do tamanho do negócio, é gente.

Sugiro a leitura do livro Open Leaders. Proibido para mentes fechadas, de Pedro Mello, Giovana Bratti, Mauro Peres e Daniel Guedes.

Charles Tokarski é formado em Administração pela FAE Business School, em Curitiba. Tem MBA em Gestão Empresarial e outro em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV. CEO do Grupo Roval, rede de farmácias de manipulação com 34 anos de mercado e mais de 70 operações Brasil afora. Autor do livro Gestão em Jogo, Histórias de uma Farmácia de Manipulação e conselheiro de uma rede de clínicas odontológicas com mais de 200 unidades.

Foto: divulgação.

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Charles Tokarski

O CEO da Farmácia Roval é formado em Administração pela FAE Business School, em Curitiba. Tem MBA em Gestão Empresarial e outro em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV.

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