Ao nascermos, pessoas adultas são responsáveis pelo nosso bem-estar, garantindo proteção, amor e segurança. Quando crescemos, guardamos em nós o registro desse investimento. Trazemos na memória a importância do autocuidado para continuarmos expandindo, não mais em estatura, mas em consciência, maturidade, e autorresponsabilidade. Esse seria o princípio.

À medida em que vamos crescendo, precisamos dar conta de tantas demandas externas, que
nos distanciamos de nós mesmos, pois o foco dessa realidade previsível conclusiva, que é
formada nossa sociedade, se concentra no mental, que exige desempenho, competência e alta performance. Ocorre que para a mente existir requer um corpo físico que é composto também de emoção e espiritualidade.


Como garantir equilíbrio quando vivemos numa realidade tão caótica? Como viver num mundo
sem nutrir projeções, expectativas e controles? Como se organizar internamente dentro de
uma sociedade que exige de nós total entrega, independente de como estejamos?


Na vida adulta, manter a estabilidade emocional nem sempre é algo simples, pois a habilidade
no manejo de nossas emoções é bastante precária. Não aprendemos a olhar para dentro em casa, nem na escola, tampouco no trabalho. Até chegar ao ponto de compreender que essa
estabilidade não depende de nada externo e, sim, de nós mesmos, levará um bom tempo.

Depressão, estresse e ansiedade são sintomas que, infelizmente, fazem parte de nossa
realidade, e foram naturalizados. Talvez, resultado desse distanciamento de nós mesmos, que, com ajuda de remédios contribuam ainda mais para fortalecer uma certa crueldade, por nos manter anestesiados, desde sempre. Quem de nós nunca se sentiu assim? O que fazer para começar a mudar esse enredo?


De cara, o primeiro passo seja perceber que somos responsáveis pelo nosso bem-estar. Nossa vida não funciona direito se não estivermos bem, pois não somos essa realidade que se apresenta fora de nós. Não podemos ser mais uma pessoa na multidão.


As mudanças necessárias para nos tornar melhores são o foco indispensável na expansão da consciência, até a nossa partida dessa realidade. Escolher aprender, apreender e desprender são condutas necessárias, que nos fortalecem em aprendizado e maturidade.

Precisamos compreender, definitivamente, que a transformação é da própria natureza.

Quando nos transformamos atualizamos a nossa existência. Como ser uma pessoa atualizada nessa realidade? O que significa se transformar sem, necessariamente, atrairmos situações desafiadoras, que nos causam tantos sofrimentos?

Existe uma peculiaridade que se faz necessária reconhecer e cultivar, e que nos distingue dos
demais. Na verdade, nada externo pode nos definir ou resumir. Nós não somos os nossos
desafios e sofrimentos. Existimos por merecimento e precisamos fazer valer essa ideia. Só quando voltamos lá para trás e nos lembramos que fomos cuidados, que pessoas foram responsáveis pelo nosso crescimento, é que podemos resgatar e reconhecer essa memória preciosa do cuidado em nós.

Quando aprendemos a manejar a qualidade de nosso bem-estar conseguimos irradiar essa
intenção para o campo a nossa volta. O exercício de nos querer bem, nos observar, nos amar produz mais contentamento e eleva a autoestima.

Definitivamente, precisamos fortalecer o motivo pelo qual escolhemos estar aqui neste momento. Deve haver um sentido e ele começa quando assumimos o compromisso com o que
contribui para a alegria genuína, sentimento primordial para a elevação de nossa frequência
energética.

Ronaldo Silva é psicanalista, tarólogo e terapeuta energético.

Créditos da foto: Ronaldo Silva / Modelo: Luana Matos.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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