‘Eu tenho uma missão, que é inflar a alma brasileira, a alma nordestina. Porque num país que está ficando cada vez mais colonizado, sou a favor total da cultura brasileira. Nós somos o máximo. O Brasil é o máximo’, disse Alceu Valença em entrevista.

‘O título desta exposição traz a geografia, mas não como mero recurso retórico, para celebrar a obra do genial Alceu Valença e os seus mais de 50 anos de carreira. A começar pelo Nordeste que é, antes de tudo, uma direção geográfica, mas aqui se insere como uma consciência íntima da sua produção artística’, diz Rafael Antonio Todeschini que, nos últimos 2 anos, esteve à frente da equipe de pesquisa e assina a curadoria de Alceu Valença, uma geografia visceral nordestina.

À mostra, mais de 200 objetos, entre peças do acervo pessoal, fotografias e vídeos históricos. Portanto, só nos resta anotar para não perder:  a partir desta quinta-feira, 18 de abril, a exposição sobre a trajetória e obra do artista estará aberta à visitação pública.

Onde? Na Casa Estação da Luz (Rua Prudente de Morais, 313, Olinda). E por lá permanecerá até 18 de agosto.

Visitação? De terça-feira a sexta-feira, das 10h às 17h. Aos sábados e domingos, das 10h às 14h.  

Quanto? No momento, R$20,00 a inteira e R$10,00 a meia-entrada – adquira na bilheteria ou no Sympla (que cobra taxa): https://www.sympla.com.br/evento/exposicao-alceu-valenca-uma-geografia-visceral-nordestina/2422996?share_id=copiarlink

É de Marisa Lacerda o quadro-capa do disco Maracatus, Batuques e Ladeiras. Clique de Fred Jordão.

Porque o interesse lhe trouxe até aqui, contamos que: além dos haveres próprios, serão exibidas fotografias de Cafi, Carlos Horcades, Léo Aversa, Mário Luiz Thompson, Tânia Quaresma e Toinho Melcop.

Assim como as obras de Aline Feitosa, Bajado, Getulio Maurício, J. Borges, Marcos Cordeiro, Marisa Lacerda, Sérgio Lemos, Sérgio Ricardo, Véio e Wellington Virgolino.  

E também diversos vídeos: a entrevista que Alceu deu informalmente para Mario Luiz Thompson no primeiro dia da primavera de 1981, que é intercalado por diversas apresentações ao vivo dele do mesmo período; o filme Nordeste: Cordel, Repente e Canção (1975), de Tânia Quaresma; trechos de A Noite do Espantalho (1974), de Sérgio Ricardo e A Luneta do Tempo (2014), do próprio Alceu; registros em super 8 feitos também por Mario Luiz Thompson durante apresentações do show Vou Danado pra Catende, que deram origem ao disco Vivo!; a apresentação que Alceu e Paulinho Rafael fizeram no canal Antena 2 na França, em 1979, durante o período em que moraram lá; uma coletânea de videoclipes de diferentes épocas da carreira de Alceu e outras participações nos canais de TV brasileiros…

Tela de Bajado, um artista de Olinda. Clique de Fred Jordão.

Porque julgo importante encerrar reafirmando o espírito da coisa: ‘Alceu nunca sentiu vergonha do seu sotaque. Nunca se rendeu a tendências do mercado. Sua obra reflete, através das canções, das poesias, das prosas, do filme A Luneta do Tempo, da forma que canta e interpreta, o imaginário coletivo genuinamente brasileiro…’, diz Yanê Montenegro, sua empresária.

A composição de 4 telas de Sérgio Lemos que inspirou a música Morena Tropicana. Clique de Fred Jordão.

Porque juntos somos mais, a mostra é incentivada pela Lei Rouanet e tem patrocínios da Copergás, da Ambev, do Atacarejo e apoio da Safe.

A Luneta do Tempo, 2010. Foto: Toinho Melcop.

Imagem em destaque, Alceu por Cafi.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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