“Todas as paixões nos fazem cometer erros, porém as mais ridículas nos fazem cometer o amor.”
Rochefoucauld, escritor francês, pontuou perfeitamente as possibilidades de um impossível.
Revestidas ou não no amor, nossas relações são díspares, ímpares ou pares. O coração pede primeiro o prazer, que é estranho e tão real no escuro.
Ser é sentir. Platão definiu a própria e a toda existência, como uma tendência a sentir.
O desejo é sempre o desejo de algo que falta.
A ausência instiga a busca, que por sua vez inflama o desejo.
O amor quando aspira ter o que ama, é desejo.
Quando dele usufrui, é a alegria.
Se foge ao que lhe é contrário, é o medo.
Reencontrá-lo é experimentar o sol que passou.
A arte narra o mesmo assunto por meio de vários suportes, pois é impossível assumir uma verdade absoluta.
Transgredir é desrespeitar padrões ultrapassados.
Por vocação, escolhi trabalhar com arte, que é rebelde por natureza e mutável com a época na qual está vivendo.
O fio condutor de Silicone Love, minha próxima exposição individual, flutua no oceano das paixões, com as suas teorias do pacto, para se construir uma sociedade civil mais evoluída.
Todos os amores nos fazem cometer as mesmas paixões transgredientes.
Edson Menezes é do Recife (nasceu em 1970) e começou a desenhar aos 15 anos. Economista, decide se jogar nas artes em 1993, através das artistas-mentoras Badida e Ana Vaz. Gradua-se na Florence Academy of Art e faz pós, na UFPE, em Jornalismo e Crítica Cultural. Em 2024, a revolução está completando 3 décadas.
Imagem em destaque, Estudo Pandora. Desenho, técnica mista sobre papel, 20cm x 40cm, 2024 – de Edson Menezes.
Fotos: divulgação.
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