O desejo é persistente, mas a felicidade é fugaz.

O vício (a quinta dose de alguma coisa) surge do cultivar (quimicamente) o querer novamente.

Tivemos. Não temos. Mas queremos mais.

Desejo, desejo, desejo.

Palavra que vem do latim “desiderum”.

Remete a necessidade (natural) de reencontrar a capacidade de doação em nós, missão de distinguir (em nós) o sóbrio amor e a ébria paixão.

A faculdade humana mais básica é a vontade – força desbravadora que a tudo movimenta.

Pedras que rolam não criam musgo.

Além do horizonte bonito e (aparentemente) tranquilo, existe a cidade dos prazeres reais (ainda desconhecidos). Não basta nascer, é preciso ter coragem.

O sangue que nutre também mata.

Do latim “Quod me nutrit me destruit”, a citação ensina que é imprescindível alinhar retamente a sua própria verdade. Caminhar a passos largos, firmes e fortes, para enxergar o potencial que a vida manifesta.

Ao desenhar, eu procuro não pensar em nada. Deixo que o meu olhar e o meu instinto se encontrem.

Desenhar não é simplesmente copiar formas, figuras, proporções e escalas. Desenhos, para mim, são tentativas de aproximação com o mundo.

Segundo o psicanalista e sociólogo alemão Erich Fromm, “O amor é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana. É essencial também para enfrentar os estados de separação e solidão. O amor é a melhor resposta possível para os abismos e impasses existenciais.”

Silicone Love, minha próxima exposição de pinturas a óleo sobre tela, desenhos e gravuras, flutua entre o império das paixões e a democracia do amor.

O imaginário afetivo de uma sociedade constrói subjetividades, formas do sentir, pensar, modela naturezas, desenha.

Uma sociedade sem amor esvai-se como água, torna-se instável, perenemente disforme.

Love (e não o amor) é frugal.

Em breve, Silicone Love.

O artista em breve em cartaz.

Edson Menezes é do Recife (nasceu em 1970) e começou a desenhar aos 15 anos. Economista, decide se jogar nas artes em 1993, através das artistas-mentoras Badida e Ana Vaz. Gradua-se na Florence Academy of Art e faz pós, na UFPE, em Jornalismo e Crítica Cultural. Em 2024, a revolução está completando 3 décadas.

Imagem em destaque, Sangue de Urucum, Love de Absinto. Pintura, óleo sobre tela, 100cm x 200cm, 2024 – de Edson Menezes: divulgação.

Foto dele: divulgação.

   

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É do Recife (nasceu em 1970) e começou a desenhar aos 15 anos. Economista, decide se jogar nas artes em 1993, através das artistas-mentoras Badida e Ana Vaz.

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