A Casa Estação da Luz, CEL, inaugura hoje, a partir das 19h30, com o espetáculo Sagrada Estação, o projeto Dança é Transformação.

É sobre o poder da dança como instrumento de transformação pessoal e social.

Com curadoria Natália Reis e Bruno Albertim, Dança é Transformação estreia sob a direção do consagrado bailarino e coreógrafo pernambucano Dielson Pessoa.

“Nosso espetáculo Sagrada Estação aborda os sagrados que atravessam Olinda em suas relações com o profano, apresentados a partir dos pontos de vistas da religiosidade afro-brasileira inscritos nos corpos dos dançarinos”, diz Dielson Pessoa. “Com vivências sociais complexas, esses jovens têm no trabalho e no espetáculo a oportunidade de se encontrarem para debater questões da própria identidade, através das religiosidades que atravessam Olinda”.

A convite da CEL, Dielson vem trabalhado, desde outubro passado, com jovens do bairro de Peixinhos, periferia da cidade – conta com a assistência do também diretor e antropólogo Nilo Cabral.

16 estão no elenco de Sagrada Estação.

Com vivências de ritmos populares como como brega-funk, suingueira, passinho e dança africana, jovens que não têm necessariamente uma relação profissional com a dança são agora instigados a refletir sobre ancestralidade, pertencimento e religiosidade em suas comunidades e famílias através do movimento de seus corpos.

Mais sobre Dielson Pessoa

O pernambucano tem 37 anos e um respeitável currículo.

Com 18 anos foi convidado para a Companhia de Dança Deborah Colker – onde ficou de 2002 até 2013 e apresentou-se em grandes palcos do Uruguai, Chile, Argentina, EUA, Itália, Áustria, França, Inglaterra, Alemanha, Singapura…

Por 2 anos, compôs o Balé da Cidade de São Paulo – em 2007, a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) o agraciou com o prêmio de melhor bailarino.

Hoje no Recife, desenvolve seu trabalho por meio de produções de espetáculos solos e com a Cais Cia. de dança, realizando apresentações por todo este Brasil. Suas atuais criações são:  O silêncio e o caos, O Diário das Frutas, O Carnaval de todo Mundo, As Mulheres de Abelardo da Hora e Close.

O bailarino tem uma atenção especial para desenvolver projetos com jovens periféricos que, como ele, criado no bairro de Água Fria, teve a vida transformada pela dança. “Gosto muito de trabalhar com pessoas complexas, até mesmo sem disciplina, para que o processo artístico seja realmente renovador, quando ele reflete a própria indisciplina com a vida, a arte. Dança pode ser de fato transformação”.

Mais…

Som ao vivo do Charque Trio, dos amigos músicos Pedro Vivant (guitarra/voz), Gilberto Bala (percussão/voz), somados às bases eletrônicas e efeitos sonoros do DJ Pauliño Nunes.

Com duração de mais ou menos 1 hora, se divide em dois momentos:

no primeiro ato, aborda as forças dos diferentes Orixás no espaço do terreiro em uma sequência de cenas que reproduz um xirê, iniciado em Exu, seguido por Ogum, Oxóssi, Iansã, Oxum, Xangô, Iemanjá e finalizado com Oxalá.

No segundo ato, as danças sagradas e profanas que compartilham o espaço da rua – cenas de maracatu, afoxé, frevo, brega-funk, côco e ciranda.

Finalizando…

Datas: 5 e 6 de maio, quinta e sexta-feira, respectivamente.

As portas da CEL abrem-se às 18h, com o funcionamento do café La Belle de Jour.

Início do espetáculo: às 19h30.

Ingressos: R$ 20,00.

Informações e ingressos pelo WhatsApp 81 999002498 .

Fica na Rua Prudente de Morais, 313, Carmo, Olinda.

Do que faz Olinda.
A cara da realeza.

Fotos: divulgação.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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