Novo relatório divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel, revelou que quase 3 em cada 10 empresas de alimentação fora do lar trabalham no prejuízo no Brasil – e em Pernambuco não é diferente. O número representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao resultado de janeiro. Outros 36% trabalharam com estabilidade e 34% tiveram lucro. 2% das empresas não responderam ou não existiam em fevereiro de 2023.

“O cenário é nacional, ou seja, ocorre aqui, mas no resto do Brasil não é diferente. A nossa maior luta é pelo Perse. Na próxima semana, será votada a Medida Provisória que muda a lei do Programa Emergencial. A situação incide na esfera federal, e o apoio e entendimento dos parlamentares e do governo são fundamentais, para este incentivo fiscal federal, onde o peso é maior”, conta o presidente da Abrasel em Pernambuco, Tony Sousa.

“Durante a pandemia, quando 83% dos estabelecimentos de alimentação fora do lar estavam no prejuízo, 30% do setor fechou as portas. Atualmente temos 64% sem lucro. Fica pra nós um questionamento de quantos irão fechar. Temos um pré-colapso e precisamos fazer algo”, acrescenta.

O estudo, realizado entre os dias 20 e 28 de março com empresários do setor, também mostrou que o custo dos insumos é apontado por 78% das empresas como o principal motivo para o mau desempenho. Em seguida, vem a redução do número de clientes (67%), queda das vendas no mês (59%), dívidas com impostos e taxas (48%) e dívidas com empréstimos (48%). Era permitido mais de uma reposta.

A quantidade de bares e restaurantes endividados também cresceu. 42% têm dívidas em atraso (em fevereiro eram 41%). Das que têm pagamentos em atraso, 95% devem impostos federais, 63% impostos estaduais, 43% encargos trabalhistas e previdenciários, 53% taxas municipais, 23% devem a fornecedores de insumos, 23% serviços públicos, como água, gás e energia elétrica, e 20% estão com o aluguel atrasado. Também era permitida mais de uma resposta.

O relatório também mostrou que 65% das empresas têm hoje empréstimos bancários contratados. A inadimplência é de 10% entre os que tomaram dinheiro de linhas regulares e de 17% entre os que aderiram ao Pronampe (aumento de 7 pontos percentuais em relação ao registrado na última pesquisa).

“Os resultados deste relatório são preocupantes e mostram a necessidade urgente de medidas para ajudar as empresas do setor”, diz Tony Sousa. “É importante que o governo e outras instituições trabalhem juntos para encontrar soluções que possam ajudar as empresas a superar esses desafios”.

Foto: divulgação.

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Edgard Homem

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