Aconchegue-se numa boa poltrona ou sofá, pegue um café, quem sabe uma taça de vinho ou uma água fresquinha para acompanhar a leitura, porque a reflexão merece.

Quando falamos de relacionamentos, levanta-se mais um tema no qual nós, mulheres acima dos 50 anos, somos absurdamente analisadas, julgadas. Logo nesta fase da vida, quando muitas de nós deseja sair de uniões que chamarei de “relações de abuso primário”.

O dito cujo vai esfriando a relação, do nada some e quando retorna, volta como um personagem do filme Pluft, o Fantasminha. Pluft é de uma família de fantasmas que tem medo de gente. Brincadeiras à parte, até mesmo quem tem estrutura emocional forte, pode tombar, fragilizar-se – o que é perfeitamente compreensível. O cara faz com que a gente se sinta culpada e as perguntas surgem como uma avalanche… O que foi que eu fiz de errado?

Aconteceu com você? Comigo já aconteceu, sim! E é meio que inevitável a sensação de frustração, né?!

Sei que as reações são individuais, que cada uma tem seu tempo para entender e digerir o ocorrido. Não sou psicóloga, mas o meu papel aqui na coluna é fortalecer as mulheres que vivenciaram experiências nada confortáveis como a que narrarei.

Então, vamos destrinchar esta minha vivência, de forma enxuta, porque a história completa daria, pelo menos, uns cinco textos…

Um homem da minha faixa etária passou do estado de estar presente, diariamente, na minha rotina, ao afastamento homeopático e, por fim, sumiu de vez, desapareceu.  

Sem rodeios, vamos ao que interessa e que o motivou a escrita deste artigo.

O “vácuo” nas conversas e as mudanças comportamentais não são repentinas, são graduais, há sintomas. Quando o incômodo apertou o juízo, expus minhas impressões para ele, que disse assim: “É verdade, em algum momento me desconectei de você”. Ok! E porque não falou? Para os homens, sair à francesa de um relacionamento de pouco tempo, é fácil, cômodo.

Volto a reforçar aqui: os sinais estão na nossa cara, o tempo todo. Então, mesmo apaixonada ou se entregando aos poucos – a doação é processo pessoal e intransferível, coloque em prática a maturidade adquirida através das experiências anteriores.

A linguagem do amor está presente nos movimentos, nos olhares, nas mensagens subliminares. Eu não li, não percebi isso e foi chato, mas não desastroso. Ainda ouvi do dito cujo: “Você é muito segura de si”. Oi?

Fazendo analogia com o filme que citei, muitos homens ainda têm medo de mulheres seguras, sim! Querem mulheres financeiramente independentes, contudo que emocionalmente sejam submissas (ou quase) a eles.

Essa conta não fecha e, nessas condições, nunca fechará para mim.

Mulher madura, não entregue seu corpo emocional a gente sanguessuga! Que tira o que há de melhor em você e, ainda, posa de vítima… Mesmo que DOA e vai doer: PULE FORA, SIMPLES ASSIM!

Já ouviu falar do termo “cuckold husband”? Será o tema, polêmico, do meu próximo artigo. Até breve!!!

Metade Pernambuco, onde nasceu, e metade Santa Catarina. É graduada em Comunicação Social pela UFPE e tem especialização em MKT digital, pelo Impact Hub / Sebrae-SC.

Foto em destaque: site Universo Racionalista.

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Edgard Homem

Por aqui transitam a arte e a cultura, o social – porque é imprescindível dar uma pinta de vez em quando, as viagens, a gastronomia e etc. e tal.

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